Formação com Propósito: Palestra sobre o Autismo com as Psicólogas Janaina e Íris

Um momento de escuta, aprendizado e sensibilidade na missão da Pastoral da Saúde

A Pastoral da Saúde viveu recentemente um momento marcante e profundamente significativo com a realização da palestra conduzida pelas psicólogas Janaina e Iris, que gentilmente compartilharam seus conhecimentos e experiências sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), trazendo luz, humanidade e sensibilidade a um tema tão atual e necessário em nossa atuação pastoral.

O encontro foi mais que uma palestra — foi um verdadeiro convite à escuta sensível, ao aprendizado contínuo e à reflexão profunda sobre a missão do agente de pastoral diante da realidade do autismo, que está cada vez mais presente em nossas famílias, comunidades, hospitais e paróquias.

As psicólogas iniciaram com uma explicação clara e acessível sobre o conceito de autismo, desmistificando ideias equivocadas e nos ajudando a compreender que o espectro autista não é uma limitação, mas sim uma forma diferente de perceber, sentir e interagir com o mundo. Através de exemplos práticos e relatos reais, elas mostraram como cada pessoa autista possui características únicas, talentos específicos e desafios próprios, o que exige de nós um olhar mais atento, amoroso e respeitoso.

Um dos grandes destaques do encontro foi a reflexão sobre a importância da sensibilidade pastoral no contato com pessoas autistas e suas famílias. Em nossa missão enquanto Pastoral da Saúde, muitas vezes nos deparamos com situações que pedem mais do que palavras — pedem presença, escuta, empatia e compreensão. As profissionais nos ajudaram a perceber que pequenas atitudes, como respeitar o tempo do outro, acolher sem julgar e adaptar nossa comunicação, fazem toda a diferença na construção de vínculos de cuidado verdadeiros e duradouros.

A palestra também provocou uma reflexão profunda sobre a importância de reconhecermos as experiências de vida de cada pessoa. Cada história carrega dores, lutas e superações. Ao compreender o autismo não como uma "barreira", mas como parte da identidade e trajetória de alguém, abrimos espaço para que o outro se sinta respeitado, valorizado e incluído.

Outro ponto de grande relevância foi a abordagem sobre os Conselhos de Saúde e a atuação dos conselheiros diante dessa temática. Janaina e Iris enfatizaram que a sensibilidade para com o espectro autista deve estar presente também nas instâncias de participação social. É fundamental que os conselheiros de saúde compreendam as especificidades do autismo e defendam políticas públicas que assegurem os direitos, o acesso à saúde e o cuidado integral dessas pessoas. A Pastoral da Saúde, ao caminhar lado a lado com as comunidades, tem um papel estratégico em identificar demandas, propor soluções e lutar por uma sociedade mais justa e inclusiva.

Durante o diálogo, houve também espaço para perguntas, partilhas e trocas de experiências entre os agentes da pastoral, o que tornou o momento ainda mais enriquecedor. Muitos relataram histórias vividas no cotidiano, onde o contato com pessoas autistas trouxe tanto desafios quanto aprendizados profundos. Foi emocionante perceber que, quando nos abrimos ao encontro verdadeiro, todos crescemos juntos — agentes, visitados, famílias e comunidade.

Finalizamos essa formação com o coração cheio de gratidão e esperança. Agradecemos imensamente às psicólogas Janaina e Iris por sua generosidade, competência e por tocarem nossos corações com tanta humanidade. Que esta palestra não seja apenas uma lembrança, mas uma semente plantada em cada agente, que florescerá em atitudes mais conscientes, respeitosas e cheias de amor.

Seguimos firmes na missão de sermos instrumentos de acolhimento e cuidado, à luz do Evangelho e da compaixão de Cristo. Que possamos continuar aprendendo, escutando e construindo uma Pastoral da Saúde cada vez mais inclusiva, atenta às realidades do nosso tempo e fiel ao chamado de amar a todos como irmãos.

Coordenação da Pastoral da Saúde da Arquidiocese dde Olinda e Recife